16 novembro, 2008

Eu nao gosto de cerimônias.
E descerimoniosa que sou
tendo que fazer cerimônias.
É aporrinhamento
demais na cabeca.

E o pássaro morreu
aporrinhando a própria cabeca
no vidro limpo
na minha janela.

A vizinha chamou a polícia
para buscá-lo.

Eu subi na bicicleta,
vai que eles canculassem
ângulos
medidas
e me descobrissem assassina.

Quando voltei,
haviam recolhido o corpo.

Ele era lindo
exótico
incomum.
Diferente daqueles que nascem
nessa regiao, disse ela.

Mas nao pode distinguir
o vidro transparente
que o matou
da minha janela.

05 novembro, 2008

"Justificativa para o egoísmo humano e a consequente solidao"

Nao há como negar que praticamente todo ser humano é essencialmente egoísta - sempre evitando as generalizacoes, afinal se procurarmos bem, muito bem aliás, encontramos, cá e lá, exemplos mágicos na humanidade. Enfim, nao me excluo do grupo, sou um ser humano, sou egoísta também. Mas, pelo menos, tento praticar meu altruísmo muito mais do que a maior parte dos seres com os quais me deparo.

O primeiro sinal desse egoísmo-humano é a incapacidade de entender que o espaco ocupado, entenda-se ruas, pontos de onibus, bares, etc., é dividido: também ocupado por outros seres humanos. Consequentemente, nem sempre todos dividem os mesmos gostos musicais, alimentares e vícios.

Um bom exemplo é a revolta geral que a proibicao do cigarro em lugares públicos tem causado! Por que meu santo, eu tenho que fumar com os outros? É uma questao física, o fumante nao pode controlar a fumacinha maligna que sai da bituca do cigarro, nao adianta pedir para ela ficar pertinho dele e nao penetrar as narinas do vizinho... Entao, o jeito é entender que a fumaca vai ter que ser produzida em lugares isolados, ponto. Outra razao é o maldito costume que TODO fumante tem - agora usando uma generalizao facilmente comprovada ao se observar um deles - de jogar as bitucas no CHAO em QUALQUER LUGAR onde eles tenham terminado ou tenham que interromper o processo "fumatório". Falta de senso, falta de educacao, sei lá.

A outra coisa que me irrita - e sempre me irritou desde os velhos tempos de convivência com amigos em pequenso espacos, como o CRUSP - é a utilizacao de desculpas para se esquivar da manutencao do espaco comum. O espaco comum é sempre deixado para depois, porque existem coisas pessoais que sao priorizadas - outra generalizacao muito facilmente comprovada. E as desculpas! Elas sao o maior sinal do egocentrismo e da falta da percepcao do outro. Em moradias estudantis, um estudante sempre deixa de fazer sua parte por que tem que estudar, tem um monte de coisa para estudar... E os outros estudantes que moram com ele e que tem um monte de coisas para estudar e que, ainda assim, entendem que as outras pessoas que dividem o espaco com ele nao tem necessariamente que arcar com as consequências da sua sujeira e das suas atividades.

E, agora, que moro com o meu namorado, vejo que esse tipo de atitude nao é exclusividade dos moradores de repúblicas. Tenho trabalhado duramente para conter o meu maior defeito: a desorganizacao. Afinal, ele nao tem nada a ver com o fato de que eu nao consigo usar uma coisa e devolvê-la ao seu lugar e com a consequência desse fato: montanhas de coisas pelo chao, pelo guardaroupa, pelas mesas. Enfim, fácil nao é, mas consigo, pelo menos, tirar tudo do campo visual dele e dos espacos comuns.... Ainda que chegue atrasada na aula ou, algumas vezes, perca o meu trem.

Agora o que tem me deixado realmente irritada é a desculpa: mas eu chego tao tarde em casa. Desde que meu curso universitário comecou, saímos juntos pela manha e eu chego depois dele, já que tenho que trabalhar no fim da tarde. Pois é: NÓS chegamos tarde em casa, eu ainda mais tarde... ainda assim, me levanto as seis, corro para organizar minhas coisas e dar uma ajeitadinha aqui e ali, programar a máquina de lavar roupa, programar a máquina de lavar louca ( o que significa que quando chego em casa já tenho trabalho me esperando), dar uma aspiradinha ou uma tiradinha de pó antes de sair, levar o lixo quando saio... Enfim, e nao simplesmente usar o meu umbigo como desculpa.

É por essas outras que entendo pessoas que se tornam amargas e solitárias... Que vontade de morar sozinha! E que falta de vontade de conviver com pessoas que nao tem a mínima sensibilidade para o "outro". Vai ficando cada vez mais difícil ser flexível, por que o esforco que se faz para respeitar o próximo e o seu espaco parece ser proporcional ao esforco que os outros nao fazem pelo seu. No fim, somos gente velha e chata quando pedimos silêncio na BIBLIOTECA, ou quando dizemos a um fumante que ele está enconstado na lata de lixo... Ou somos feministas amargas quando tentamos dividir com nossos companheiros o trabalho da casa que pertence aos DOIS, já que a carga de trabalho do homem e da mulher no século 21 é igual.

Enfim, tem horas que eu gostaria de desaparecer, porque com diz o velho ditado: OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM.

18 agosto, 2008

"Será que sou eu?"

Quantas vezes na vida é inevitável perceber que alguém com quem você convive cotidianamente, que considera um amigo ou alguém próximo é muito mais nocivo para sua vida do que benefíco? E começar a perceber que o indíviduo é totalmente inconsistente, chegando beirar a insanidade.

Mas tenho uma paciência de jó e demoro muito para constatar que alguém é de fato o ó-do-borogodó, ou seja, uma merda e que eu devia ter saido correndo logo quando a desconfiança apontou. O que demora quase sempre seis meses ou até um ano para acontecer.

Devido a esse paradoxo eu sempre me pergunto: - Será que sou eu?

Talvez eu tenha uma personalidade confusa, um tanto quanto depressiva e canalha, incapaz de ser grata às pessoas pelo pouco que fizeram por mim.

Eu acreditdo que somos todos essecialmente egoístas - eu inclusive. Muitos não por maldade, é um mecanismo de defesa, é a lei da selva: "Se correr o bixo pega, se ficar o bixo come..."

Mas existem pessoas que de tão egoístas, passam a ser insuportáveis... E elas são egoístas em todos os sentidos do ego; só pensam em si, pensam que as próprias idéias são melhores do que a dos outros, acham que fizeram tudo na vida melhor do que todo mundo e que todo mundo deveria fazer tudo na vida como elas fizeram.

E são essas a razão da minha maior revolta. Não consigo evitar e sinto asco de pessoas assim. Demoro muito para determinar que esse ou aquele pertencem a essa categoria. Prefiro acreditar que não, acreditar que elas não fazem por mal.

Não gosto de julgar. Não gosto de categorizar.

Então pergunto de novo: - Será que sou eu?

Será que sou eu tentando encontrar defeitos na tal pessoa, por ter me irritado em algum momento e, como toda criança mimada a não ter seus desejos realizados, estou batendo o pé e criando confusão.

Será que sou eu a egoísta-egocêntrica? E já que a pessoa não quer jogar o meu jogo, prefiro desacartá-la, desmoralizá-la?

Será que sou eu? Será que a maldade tem raízes tão inconscientes? Por que se sou eu, não faço isso por maldade... Quando dou por mim, o asco que sinto do fulano é tão grande, que fica difícil falar, olhar, suportar. Aí, então, preciso de distância, preciso que a pessoa suma.

Tento ser auto-crítica e direcionar os julgamente primeiramente a mim.

Mas mesmo assim, essas pessoas se tornam um pesadelo na minha vida.

Por que elas não deixam os outros quietos? Por que elas pensam que as outras pessoas são imaturas, são inocentes, são bonecos nas mãos delas? Por que elas batem no peito para mostrar que são melhores, mais inteligentes, mais experientes...

Por que elas me fazem sentir tão insignificante, tão chucra?

E eu ainda me pergunto: - Será que sou eu?

08 agosto, 2008

"- Sei que não vou por aí!"

Cântico Negro

José Régio

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

04 agosto, 2008

Ada

Ela é tão "petitica" para a idade dela. Tem 14 meses, mas parece que ainda tem 10. Nada para se preocupar, eu também fui assim, gente baixinha é baixinha desde o princípio. Já foram ao médico e ele concluiu que ela é "baixinha".

Confesso que me apaixonei. No primeiro dia que brincamos juntas por uma longa tarde, fiquei surpresa com a doçura dessa criança. Ela só reclamou - e não berrou ou ficou maluquinha - quando era hora da papinha e, depois, na hora do soninho. Caso contrário ela é toda sorrisos ou concentração.

Pode parecer incrível, mas já tão pequenininha, a mocinha tem uma capacidade de concentração escepcional. Ela gosta muito de andar e ficar olhando pedrinhas e coisinhas que encontra pelo caminho. Adora brincar na areia e ela olha tão atentamente tudo que está acontecendo com a areia enquanto brinca... É simplesmente apaixonante.

E ela tem uma personalidade incrível. Ontem estavámos todos em um lago, mas o tempo não estava colaborando, entre um "solzinho" e outro, chovia muito. Mas a Alex e o Adam (pais da Ada) decidiram nadar ainda assim - eles vem da Polônia, 20 graus é um super verão! E eu e o Norman ficamos com a Adinha, mas devíamos ficar protegidos da chuva. Claro que a Ada não estava nem um pouco preocupada e também queria brincar na chuva. Ela tentou sair do coberto uma vez, o Norman a trouxe de volta. Uma segunda vez e ele a trouxe novamente. Acredita que ela parou na frente dele e ficou olhando feio para ele por uns dois minutos como quem diz: -Escuta aqui grandão, quer me deixar em paz!

Ela ainda nao me entende muito bem... Afinal, a tia aqui fala só língua esquisita e só sabe cantar musiquinhas em português.

Amanhã vamos brincar juntas novamente! Já estou contando as horas.

08 julho, 2008

Os medos, a vida...


Eu sempre sinto muito medo. Medo de errar! Não gosto de imaginar que nesse exato momento da minha vida estou fazendo de novo tudo errado e que, no fim, vou achar que gastei meu tempo a toa.Ao mesmo tempo acho esse medo uma coisa tão cretina... Com um i agudo e prolongado!

E vira e mexe topo com gente que vive a vida segundo essa filosofia, cretina. São aqueles que acham que tudo o que se faz na vida tem que ter uma razão. Por exemplo, no meio da minha longa e frustante caminhada no curso de alemão da USP - cheia de baixos, ou melhor, um "baixo só"- me vem o meu tio e diz: "Mas porque você estuda isso? Se você aplica o seu tempo em tal estudo, tem que haver algum proveito (ele quis dizer dinheiro), caso contrário é um erro..."

Quem me conhece bem o bastante sabe o quanto tempo eu fico "ruminando" esse tipo de idéia. A frase fica fazendo "tein, tein, tein" na minha cabeça; quando dou por mim roí minha boca inteira, abri feridas e me sinto dominada pelo medo; medo de estar errando outra vez.

Agora prestem atenção no outra vez... Porque outra vez? Eu nunca fiz outro curso universitário antes! Se estou mesmo definitivamente e de certo errando, estou errando pela primeira vez e segundo o ditado: "Errar uma vez é humano..."

Sempre que me pego nesse dilema relembro uma outra conversa muito marcante com uma amiga que morou um ano na China. Ela me contou que sua mãe insisitia em saber o que ela faria com o "chinês" que aprendeu. Afinal, ela foi, ficou um ano, gastou dinheiro, energia... O tal do "chinês" tinha que ter alguma utilidade (ela também quis dizer dinheiro). Essa minha amiga respondeu: "Me deixa em paz para fazer o que eu quiser com o meu "chinês". E se eu quiser esquecer o meu "chinês"?"

Pode até soar infantil, mas não é. É uma forma de liberdad; de viver a vida sem ter a necessidade de controlar o começo, os "porquês", os meios e o fim, sem ter que transformar tudo em "valores".

Enfim, permitir que a energia da vida flua seu curso; quiça inevitável, mas que também pode ser leve.

26 junho, 2008

A Desprodutividade

O que é que eu posso fazer, quando não tem nada para fazer?
O curso de alemão acabou, isso significa: seis horas livres a mais por dia, sem contar as horas das "lições de casa".
E, agora, estou assim... Dorminhoca... Surfista de Internet... Jogadora de Video Game...
Na verdade tenho muitos planos, tenho muitos emails para escrever e colocar a correspondência em dia; tenho inúmeras lições de latim atrasadas; muitos preposiçõe e artigos do alemão para estudar... Poderia também criar vergonha na cara e acentuar as outras mensagens do meu blog.
Mas eu só tenho vontade de fazer tudo aquilo que não somente não produz nada, mas como também ajuda a desproduzir o que eu vinha fazendo.
No momento a desprodutividade impera!

23 junho, 2008

Sobre morangos ao meio dia

Desde o ano passado que ouvi falar dessas plantacoes de morango, onde as pessoas vao e colhem os proprios morangos, depois pesam em uma balancinha e pagam por quilo.

Antes de tudo, sempre comi morangos, mas nunca achei a fruta uma coisa de outro mundo.

Depois, sou herdeira confessa da santa ignorancia cosmopolita! Me fale de cinema ao ar livre, apresentacoes culturais euforicas e vou correndo. Me fale de colher morangos, interessante, quem sabe um dia... ... ... com muitas reticencias!

E esse dia chegou. Pegamos a cestinha de colher morango do meu sogro, colocamos na cestinha da minha bicicleta e, ao nao tao quente sol do meio dia da Alemanha, fomos colher morangos.

Em meio a folhas verdes escuras, a gente avista as frutas vermelhas e anda, com o coracao saltitando, na direcao delas. Algumas estao bem visiveis, mas ao mexer as folhas e olhar bem no meinho delas, a gente encontra mais e mais dessas frutinhas vermelhas. Muitas vezes e possivel encontrar algumas tao grandes, tao vermelhas e tao lindas, que da vontade de ficar admirando, olhando de "cabo a rabo".

Mas o mais gostoso dos morangos ao meio dia e que eles ficam quentinhos!

A receita e simples:

  • Va ate a plantacao de morango mais proxima ao meio dia;
  • Aviste um morango muito vermelho exposto ao sol,
  • Quebre o cabinho delicadamente,
  • Limpe o bem, as vezes, basta apenas assopra-lo,
  • Por fim, coma o morango quentinho.

Nesse dia eu comi os morangos mais deliciosos da minha vida.

20 junho, 2008

"No Flag = One People, One Fight"

Roberta diz: "De um lado é até bonito, mas acho ainda mais bonita a diferença de cada povo, e isso é que deve ser respeitado. Cada cultura é valiosa e deve ser conservada, não acha? "

Sim, esse e o sonho, justamente o respeito a diversidade, mas com um passo a frente... Nao basta dizer que a cultura, os costumes e as individualidades do proximo sao interessantes; mas no fundo colocar a propria cultura acima de qualquer outra.

O que me doi e justamente o discurso vazio da diversidade, mas a impossibilidade de enxergar o outro, o diferente como igual.

O que me revolta e a necessidade dos parametros, do julgamento. E, na maioria das vezes, a rejeicao do "diferente".

Essa e a unica bandeira que eu gostaria de representar. A capacidade de condeder ao "outro", ao "novo", ao "diferente" o direito a dignidade, o direito a sua cultura, ao seu culto, a sua individualidade; onde quer que esse "estranho" esteja.

18 junho, 2008

"Sonhos"

No Bar que frequento encontro sempre jovens vestidos de preto. Como estrangeira em um pais com um forte movimento neo-nazista, tenho sempre medo deles... Quando eles sao mesmo quem eu penso que sao, nao falo perto deles para que nao escutem meu sotaque; felizmente nao sou "visualmente identicaficavel" como estrangeira - nao e horrivel isso?
Mas eles nem sempre sao aqueles. Outro dia encontrei outros! O mesmo perfil, roupas pretas, expressoes agressivas. Um deles, com curativo no rosto e nariz quebrado, estava vestindo uma jaqueta estampada e me esforcei para ler a propaganda; me retorci discretamente para saber se se tratava de mais uma mensagem nazista subentendida. Com odio e com medo.
Apesar de achar horrivel a "demarcacao" de grupos alvos pela "cara", assim como os neo-nazistas fazem, essa e uma atitude cotidiana, para o bem ou para o mal. A "cara de brasileiro" me chama mais atencao do que nunca, agora que moro em um pais estrangeiro. A "cara de neo-nazistas" tambem. Ainda que muitas vezes seja um engano, como foi.
Quando, finalmente, o garoto levantou, pude ler o mote de um outro "grupo", nao menos violento que os neo-nazistas, mas, que em seu extremismo, representa muitas das minhas mais sinceras ideologias. Abaixo do desenho de todos os paises do mundo, pintados com a mesma cor, estava escrito:

" No Flag = One People, One Fight. "

16 junho, 2008

"Lugar Comum"

Detesto escrever.
Detesto tudo o que escrevo.
A dificuldade é enorme, porque acho que tudo o que escrevo é muito "comum". Qualquer um, qualquer pessoa "comum" conseguiria se espressar melhor do que eu, ser menos "comum".
Mas andando pela vida fui descobrindo que muito do que é considerado "comum" e ignorado e escrachado poderia fazer uma imensa diferença no dia a dia das pessoas.
No fundo acredito que temos que prestar ainda mais atenção às coisas que consideramos "comuns", àquelas que já temos como resolvidas, estabelecidas... Percebi que é justamente aí que cometemos os maiores deslizes.
Por isso vou escrever meus pensamentos "comuns", com minha linguagem "comum" e feliz por ser uma pessoa "comum".