12 março, 2009

É a vida... que nem sempre é bonita!

Outro dia estava falando com a Simone no telefone e fazendo um resumo dos últimos acontecimentos da minha vida de dezembro para cá. Quando desliguei o telefone, queria pular da janela e ficar lá deitadinha, apagada, como o passarinho depois de bater com a cabeca na janela.

Eu estou bem, eu me sinto bem, mas confesso que nao sei porque. Queria ainda ter a forca dos meus 18 anos, entrar no quarto e chorar por uma semana, com as luzes apagadas... Mas tem o Norman, que chega todo dia as 18 horas com esse sorriso maldito e essa enorme vontade de me fazer sorrir. Ele nao pode me ver mais caidinha: encara o palhaco que existe dentro dele e faz meu mundo ficar leve...

Vê, a culpa é dele... Por que na verdade, meu mundo caiu!

Eu queria também ligar para meus amigos, chorando, pedir socorro... Mas chega um momento da vida que você percebe que as decisoes sao só suas e que ver os amigos é extremamente prazeroso, mas que nada do que eles facam vai te ajudar a fugir da raia.
Claro, novamente, quando encontro (ou ligo) para meus amigos, eles vem com sorrisos e elogios e sorvetes e cafés. Me fazem ver tantas coisas positivas na minha vida e em mim, que outra vez, a vida fica leve.

Vê, a culpa é deles... Por que na verdade, meu mundo caiu!

Mas pesando a realidade dura... Eu estou de saco cheio. Doente desde outubro, enfrentanto crises de dor de cabeca, dormindo mal, respirando mal... enfrentando, médicos desinteressados e curas superficiais... Agora veio a história do dente... Desde o ano passado brigando com as burocracias de visto, de faculdade, de USP, de UNI Essen... De Departamento de Estrangeiro, de taxa de televisao... Estou preocupada com meus pais, com os telefonemas forjando sequestro, com a pessoa que sabe a senha da minha mae e usa o Skype dela. Com a loja, com o tanto que meu pai tem que trabalhar, com a dificuldade de ganhar o salário dele de todo mês... Estou com saudades da minha vó.